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Rafael Graça: Um novo olhar sobre as bonecas que todos conhecemos

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Por Catarina Correia Martins       Portuguese Dolls é a página de Instagram que deves procurar para saber do que falamos nesta história. Com cerca de 480 publicações e perto de sete mil seguidores, a página retrata as “viagens” de algumas Barbie que passeiam maioritariamente por Portugal, mas não só.      Tudo começou quando Rafael Graça era ainda uma criança. «Sempre tive gosto por coisas em miniatura e em escalas», e exemplifica: «Eu não gostava de brincar com carros que não fossem do mesmo tamanho ou bonecos que não fossem da mesma escala». «Por influência das minhas duas vizinhas do lado que, como duas meninas dos anos 90 que são, brincavam com Barbie e por nunca ter havido nenhuma imposição ou restringimento dos meus pais em relação a isso, eu tive sempre muita abertura para brincar também», começa por explicar. Aquilo que não passava de um jogo de crianças, transformou-se num «gosto pela boneca, pela Barbie em si», que juntava aquilo de qu...

Daniela Gomes: Encontrou no yoga o estilo de vida perfeito

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Por Jéssica Moás de Sá        Cresceu num contexto familiar «disfuncional», como diz. Tornou-se «a cuidadora» do agregado familiar muito nova e acha que isso pode ter levado a que um dia quisesse ser enfermeira. Mas o mundo trocou-lhe as voltas, e apesar de ter feito a maior parte do curso de enfermagem, atualmente é como professora de yoga que se sente realizada. Cuidar dos outros está-lhe na génese      Não teve «a vida mais difícil do mundo», reconhece, mas cresceu no seio de uma família «disfuncional», não tem dúvidas em dizê-lo. Aos 27 anos, Daniela Gomes consegue fazer essa análise de uma forma muito estruturada: «Nós éramos uma família disfuncional, mas que conseguíamos funcionar juntos, estando os quatro, quando um dos elementos saía é que descambava», conta. Tem um irmão mais novo três anos e é a prima mais velha tanto do lado materno como paterno e isso fez com que se tornasse desde sempre muito «protetora», sobretudo face ao irmão...

Leonor Gomes: Para ser quem é, entregou a alma

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Por Jéssica Moás de Sá      As seguintes palavras são sobre uma pessoa que nasceu num corpo que não sentia como seu. Não conseguia ser ela própria em público, nem no seio da sua família, onde o amor e os laços de sangue nunca foram fortes o suficiente para procurar entender e aceitar. O Tiago morreu. Nasceu a Leonor. E não é preciso dizer mais nada, porque o testemunho que aqui contamos é um murro no estômago que não necessita nem deve ser simplificado. “Olhava-me ao espelho e não me identificava”      Tiago nunca foi Tiago, foi sempre Leonor, mesmo que o seu corpo lhe dissesse o contrário. Mesmo que o espelho teimasse em espelhar uma figura que não era aquela que queria ver. As roupas «da irmã» chamavam por si, era nelas que a sua pele serenava. Desde os 8 anos que o sentimento de ser quem não era de facto, a acompanhava. Não era só a parte física e o «órgão sexual» que estranhava, sempre sentiu que era «psicologicamente» ...

Natacha Roxo: Ganhar asas e voar (quase literalmente)

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Por Catarina Correia Martins      Natacha Roxo é hospedeira de bordo na Ryanair há cerca de três anos. Nunca sonhou com esta profissão mas confessa que gosta muito do que faz e que todos os dias são um desafio.      Enquanto criança, «além de sempre querer ter sido modelo», imaginava-se também atriz, «quer em palco, quer em televisão, qualquer coisa…». Acumulou atividades extracurriculares, passou pelo ballet , a natação, viola d’arco, ginástica acrobática, dança jazz, desfiles e sessões fotográficas e pelas aulas de inglês. Nada fazia prever que os seus dias seriam nos céus. Depois de terminar a licenciatura em Comunicação Social, Natacha «andava à procura de trabalho pela internet» quando o pai lhe enviou um anúncio que dizia que «a Ryanair estava a precisar de novas pessoas»: «Mandei o currículo e minutos depois responderam a marcar o dia da entrevista [o chamado Open Day ], com todos os detalhes relativamente à roupa que deveria levar, docume...

Mia Novais: Alterar hábitos e mentalidades por uma causa

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Por Catarina Correia Martins      Maria Novais, ou Mia, como todos a conhecem, é ativista. A defesa dos animais é a sua causa. E quisemos que nos contasse a sua história porque, hoje, quase parece moda insurgirmo-nos contra as touradas, inflamarmo-nos nas redes sociais contra os maus tratos aos animais… No entanto, as atitudes que temos nem sempre espelham as palavras que escrevemos ou dizemos. A Mia não é assim. Além de se ter convenientemente informado sobre o assunto antes de assumir qualquer posição, mudou os seus hábitos e tornou-se ativista para, de alguma forma, poder levar outras pessoas a perceber esta realidade. Mudar os hábitos de “uma vida”      Cresceu, «como toda a gente», a comer carne. «A maioria das pessoas normaliza o facto de se comerem animais. E apesar de, desde miúda, sempre ter adorado animais, quando estava a crescer, nunca pensei nisso», afirma. Maria Novais quis mesmo ser toureira, «porque adorava a interação com o cava...

Marta Geadas Durán: Viajando à boleia da Marta

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Por Jéssica Moás de Sá Este texto é uma viagem liderada por Marta Geadas Durán. Desengane-se quem pensa que os seus 24 anos não lhe permitem traçar um roteiro certeiro. É que a Marta é a personificação dos verbos: ir e desenrascar. As viagens são a sua forma de vida. Em 2016 criou o blog As boleias da Marta e foi, literalmente à boleia, que começou a viajar pelo mundo. Agora conta-nos o segredo para se viajar de forma tão livre e libertina, como faz tão bem. Voluntariado foi o mote   Atualmente Marta tem 23 mil seguidores no Instagram, rede social onde é mais seguida. Recuando no tempo, quando aos 18 anos viajou pela primeira vez para Moçambique, não imaginava o que o futuro lhe reservaria. Esta viagem aconteceu por acaso, depois de se ter inscrito num grupo social de voluntariado em Lisboa, de onde é natural e de ter ido para o país africano em missão. O voluntariado, mais do que uma satisfação pessoal, trouxe-lhe um novo amor: as viagens. A primeira viagem para ...

Nuno Marques: Contra tudo e contra todos

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Por Catarina Correia Martins      A 25 de novembro de 2015, Nuno Marques e a sua família receberam a notícia que mudaria as suas vidas para sempre. Nuno, hoje com 44 anos, tinha Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), uma doença neurológica degenerativa, de progressão rápida, causada pela degeneração dos neurónios motores, que controlam os movimentos voluntários. A ELA faz com que as pessoas deixem de ter força nos músculos e provoca mesmo atrofia muscular.      Depois de uma lesão no joelho, causada num jogo de futebol, o alerta foi lançado numa consulta de fisiatria, quando o médico, ao cumprimentar Nuno Marques com um aperto de mão, percebeu que algo não estava bem. Os membros superiores, sobretudo as mãos, foram os primeiros a ser afetados pela doença. De acordo com Patrícia Campos, a esposa, «o Nuno deixava cair muito as coisas, já não conseguia meter gasóleo, tinha dificuldades em conduzir», depois, progressivamente, deixou de conseguir «des...